Que Mayra Aguiar já é, com sobras, uma das principais atletas do judô brasileiro, isso é indiscutível. Mas mesmo após mais de 15 anos de serviços prestados à Seleção, a judoca sogipana continua estabelecendo novas marcas. Neste domingo, a gaúcha tornou-se a primeira brasileira a ser campeã do Grand Slam de Tóquio, um dos eventos mais difíceis do calendário internacional.
A sogipana foi para o tatame em quatro oportunidades, sendo que teve pela frente duas adversárias japonesas. Mas hoje não tinha para ninguém. Nos quatro combates, três vitórias por ippon. A decisão foi contra a israelense Inbar Lanir, atual número 1 do ranking mundial, e o triunfo veio por waza-ari.
“Esta conquista é muito especial para mim. Era uma competição que sempre quis ganhar. Tanto pela dureza que ela é e também porque, depois do Brasil, o Japão é meu lugar favorito. Muito Obrigada pela torcida. Seguimos em frente.”
Com a conquista, Mayra fecha 2023 – uma temporada na qual estreou apenas em setembro – após se recuperar de lesão, com três pódios em três eventos: ouro no Grand Slam de Tóquio e no Campeonato Pan-Americano, e bronze no Grand Slam de Baku.
Após quatro anos, dois pódios em Tóquio – e os dois com atletas do RS
Em Tóquio, onde a Seleção não chegava no pódio desde 2019, o Brasil também foi ao pódio com a sogipana Jéssica Lima (57kg), que chegou à final do torneio e levou a prata. Larissa Pimenta (52kg) conseguiu chegar à disputa por medalhas, mas ficou na quinta colocação. Os sogipanos Rafael Macedo (90kg), Leonardo Gonçalves (100kg) e Ketleyn Quadros (63kg) também
“Foi um Grand Slam muito importante. A equipe masculina fez excelentes confrontos, apesar de a medalha não ter vindo. A Jéssica e a Mayra fizeram finais maravilhosas”, avaliou o técnico da Sogipa e da seleção masculina do Brasil, Antônio Carlos Pereira, o Kiko. “A Mayra mostrou que é um mito, alguém quem tem que ser estudada pela longevidade da carreira e todas as grandes conquistas”, complementou.
As medalhistas sogipanas:
