Campeã na categoria 48kg da etapa final do Grand Prix Infraero para Cegos no último sábado, a judoca do GN União Luiza Oliano tem certeza de que aproveitará o fim do ano com mais tranquilidade. Ainda saboreando o ouro conquistado nos tatames montados no Ginásio Tesourinha, ela sabe que a folga será curta, pois tem uma meta distante: os Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020.
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“Foi muito bom ter sido campeã, ainda mais em casa”, comemorou ela, dois dias depois do título do Grand Prix, que reuniu judocas de 17 estados, além do Distrito Federal. “Ainda estou curtindo um pouco a medalha e depois vou pensar no ano que vem, pensar em 2020”, contou.
Uma das principais para-atletas gaúchas do judô, Luiza tem no currículo um bronze nos Jogos ParaPan-Americanos de Toronto, em 2015. Mas no ano seguinte não conseguiu a classificação aos Jogos Paralímpicos do Rio, no ano passado.
Agora, porém, a meta é chegar em Tóquio. Para isso, as vitórias e derrotas do caminho a ajudam no trajeto. “Hoje eu me sinto mais experiente e estou consciente que tenho que aproveitar todas as oportunidades que tenho”, afirmou ela, que deve retornar aos treinos no GN União nos próximos dias para os últimos compromissos do ano.
Além de reunir atletas que participam da Seleção Brasileira paralímpica, a etapa final do Grand Prix Infraero também teve a categoria iniciantes, na qual a equipe da Acergs ficou na primeira colocação, seguido de CAD-SP e Abasc-PR. Para o técnico da Acergs, Gustavo Schumacher a vitória coroa “um trabalho de formiguinha” para a renovação do judô paralímpico. “Normalmente pegamos atletas de meia idade, então, a medida que a gente vai ganhando, vai aparecendo mais, mais atletas aparecem”, destacou.