Brasil fatura ouro e bronze no Pan-Americano por equipes

O Brasil encerrou a sua participação no Campeonato Pan-Americano por Equipes com mais duas medalhas. Os homens ficaram com o ouro ao derrotar na decisão o Canadá por 5 a 0, com direito a cinco ippons por projeção. Já as meninas acabaram com o bronze ao vencer a Colômbia por 3 a 2.
Os dois países mais bem colocados garantem uma vaga no Mundial por Equipes que será disputado junto com o Individual no Rio de Janeiro, a partir de 26 de agosto. Como país-sede, o Brasil já estava classificado para a competição. A participação no torneio por Equipes teve como objetivo preparar a equipe para o Mundial, porque o formato de disputa será o mesmo, com as equipes competindo logo após o individual.
“Acredito que independentemente de termos a vaga garantida ou não, para nós era importante participar até porque tradicionalmente já disputamos o Pan-Americano por equipes. Além disso, foi bom para os atletas poderem vivenciar a experiência de trabalhar em equipe. Foi um treinamento de luxo para o Campeonato Mundial”, analisou Ney Wilson, gestor técnico das equipes adultas.
Masculino
O sorteio das chaves colocou frente a frente na primeira luta as duas maiores forças do continente no judô. Brasil e Cuba fizeram o que se pode chamar de uma final antecipada. Melhor para os brasileiros que não se intimidaram e venceram o certame por 3 a 2. Mas não foi nada fácil. Luiz Revite perdeu o primeiro confronto para Solar por conta de uma punição. Charles Chibana venceu Magdiel por wazari e deixou tudo igual. Victor Penalber venceu José Martinez também por wazari e virou o confronto. Tiago Camilo jogou Asley Gonzalez, venceu por wazari e teve a revanche da final dos 90kg individual. Já com a vitória definida, Rafael Silva enfrentou Óscar Brayson e foi derrotado por ter uma punição a mais que o adversário.
Com o principal rival batido, começou o passeio dos brasileiros na competição. Vitória sobre a Argentina nas quartas de final e sobre a República Dominicana na semifinal por 5 a 0. Na decisão, o Brasil enfrentou o Canadá, um país com tradição no esporte. Mas o resultado foi o mesmo: vitória por 5 a 0, vencendo sempre por ippon. O primeiro foi de Luiz Revite, seguido de Charles Chibana, Victor Penalber, Tiago Camilo e finalmente com Rafael Silva.
“A equipe masculina foi impecável. Tivemos a superação com o Tiago que descontou a derrota no individual para o Asley Gonzalez. E conseguimos também a afirmação com o Penalber e o Revite que decidiram duas vezes com o mesmo adversário e venceram nas duas”, concluiu o gestor técnico.
Cuba e Venezuela ficaram com os terceiros lugares. No feminino, os Estados Unidos foram campeões batendo o México na decisão. Além das brasileiras, as cubanas ficaram em terceiro e estão fora do Mundial por Equipes.
Feminino
As judocas brasileiras estrearam contra Guatemala e passaram fácil pelas adversárias pelo placar de 5 a 0. No segundo embate da chave, uma pedreira contra as tradicionais rivais cubanas. E nova vitória brasileira, dessa vez por 4 a 1. Érika Miranda passou por Yanet Bermoy por ter menos punições, Ketleyn Quadros venceu Aliuska Ojeda por yuko, Rafaela Silva perdeu para Maricet Espinoza, Maria Portela ganhou por wo e Rochele Nunes imobilizou Idalis Ortiz.
Quando se pensava que o caminho estaria mais fácil, vieram os Estados Unidos na semifinal e impuseram seu jogo. Venceram a três primeiras lutas – Érika foi eliminada por quatro punições, Rafaela Silva foi finalizada por Marti Malloy e Katherine Campos foi imobilizada por Hannah Martin – e definiram a disputa. Ainda deu tempo para Maria Portela e Rochele Nunes derrotarem suas adversárias para definirem o placar em 3 a 2.
“No feminino, acredito que nós falhamos, deixamos escapar uma boa oportunidade de ser campeão. Creio que as meninas relaxaram um pouco depois de passar por Cuba e acabaram não encarando os Estados Unidos como deveriam. Além disso, tivemos alguns acidentes contra as americanas como a dor que Érika sentiu na costela e o problema com o braço da Rafaela que acabaram comprometendo o resultado. Fica um grande aprendizado”, avaliou Ney Wilson.
Restou às meninas buscarem o bronze contra a Colômbia e elas definiram a luta no começo. Como as adversárias só contavam com quatro atletas, o Brasil precisaria vencer apenas duas lutas para garantir a medalha. E Sarah Menezes tratou de vencer Maria Villaba no primeiro confronto. Ketleyn Quadros dominou a luta e acabou finalizando Díaz, resultados que garantiram o bronze ao Brasil. As colombianas não se renderam  e venceram os confrontos com Katherine Campos e Maria Portela. Aí, bastou Rochele Nunes entrar no tatame e garantir a terceira vitória do Brasil, dessa vez por wo.
“De uma maneira em geral, os resultados foram muito bons, tanto por equipes quanto no individual. Acho que essa competição elevou a autoestima de alguns atletas e temos que agradecer à estrutura oferecida pela CBJ na pessoa do professor Paulo Wanderley, aos nossos patrocinadores, ao Ministério do Esporte e ao Comitê Olímpico Brasileiro”, concluiu Ney Wilson.

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