O coordenador técnico da Confederação Brasileira de Judô, Ney Wilson, está confiante para a participação do Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres, que começam em pouco mais de um mês. Destacando a equipe como a melhor da história, ele vê Mayra Aguiar, Maria Portela e Felipe Kitadai com chances de voltar da Inglaterra com medalha.
“Os três são atletas que com certeza irão muito bem representar o judô do Rio Grande do sul com muitas possibilidades de subirem ao pódio olímpico”, afirmou o professor, durante a despedida do bicampeão mundial João Derly. Dos outros 11 representantes do Brasil nas olimpíadas, o sentimento é parecido. “Estou bastante confiante. A equipe esteve muitas oportunidades, treinaram e se dedicaram muito.”
A justificativa para a confiança se encontrar nos bons desempenhos das últimas temporadas. “Estou com a Seleção desde 1996, em Atlanta, e posso assegurar que o Brasil nunca esteve tão bem preparado. Nunca teve atletas tão bem no ranking mundial, ainda que não tivesse ranking, mas digo na sua performance, principalmente nos últimos dois anos”, destacou.
Forte também no psicológico
Além de suar o quimono, a Seleção Brasileira também intensificou o trabalho psicológico dos judocas. “Atleta de seleção tem que saber conviver com a pressão. Quem tiver maior controle sobre essa pressão com certeza tem maior potencialidade de êxito”, ensina. “Temos trabalhado muito esse controle de pressão.”
Um dos casos especiais trabalhados pela equipe de psicólogos da Seleção Brasileira é o de Mayra Aguiar. A gaúcha está invicta na temporada, tendo conquistado os títulos do Masters da FIJ, do Grand Slam de Paris e do Pan-Americano. “Queremos que ela transforme essa invencibilidade em confiança”, afirma o professor. “Estamos muito atentos, com a nossa área de psicologia, para que possamos potencializar essa situação que ela vive hoje.”