Luta pela América começa em Porto Alegre

Sensei Tigran Karhanyan observa treinos de sua equipe com gaúchos | Foto: Tiago Medina / FGJA escolha por Porto Alegre como local para fazer intercâmbio no Brasil esteve longe de ser um mero acaso para o treinador da seleção do Equador, Tigran Karhanyan. A capital gaúcha foi selecionada cuidadosamente pelo sensei por reunir aspectos que só agregariam a seus comandados, tais como qualidade técnica, infra-estrutura para treinos e um ambiente agradável – mesmo em meio ao calor do verão gaúcho.

Nascido na Armênia e criado na Argentina – Karhanyan inclusive tem cidadania do país vizinho, onde foi técnico da equipe nacional por 11 anos –, o professor prepara seus atletas para uma dura missão em 2011: representar bem o Equador no Pan-Americano, em Guayaquil, e nos Jogos Pan-Americanos, no México. A fase inicial desse trabalho ocorre até 28 de fevereiro, em solo gaúcho. O grupo, além de treinar, participou da VIII Copa Tramandaí, conquistando três medalhas de ouro.
Durante uma sessão de treinamentos na Sogipa, Tigran Karhanyan, faixa vermelho 6º Dan, conversou rapidamente com a assessoria de imprensa da Federação Gaúcha de Judô e falou sobre as impressões e desafios da sua rotina de trabalho. Confira abaixo a entrevista:
O que o senhor está achando da recepção em Porto Alegre e da cidade?
Olha, na verdade esta é a terceira vez que estou aqui. A primeira foi em 2005. Eu gosto bastante do ambiente. É muito amistoso, o que não acontece em outras cidades do Brasil, como São Paulo ou Belo Horizonte. Além disso, as condições e a qualidade dos treinos aqui são ótimas. Há uma bela pista de atletismo, além de piscina para os atletas.
Quais as principais características que o senhor vê no judô gaúcho?
Os atletas que treinam aqui são técnicos e têm muito ritmo. É um ritmo que combina um estilo combativo, com alta frequência de ataques, o que não é tradicional em todo o Brasil. E aqui, além disso, há uma diversidade sadia para os treinamentos.
E a importância do intercâmbio?
O intercâmbio é algo muito importante para o crescimento de qualquer atleta. Aqui há judocas já com uma história no esporte, assim como judocas que ainda estão crescendo e desenvolvendo seu potencial. Então, estando com vocês, nós crescemos também.
Faça um breve panorama do judô no Equador.
Infelizmente há poucos praticantes, algo entre 1,5 mil e 2 mil atletas em todo o país. Esse é o maior problema a ser enfrentado. Para crescer, precisamos lutar e intercambiar. Mas há nomes que se destacaram nos últimos Jogos Sul-Americanos.
Como a participação na Copa Tramandaí, como foi decidida?
Nós quisemos participar e ao mesmo tempo fomos convidados para a Federação Gaúcha de Judô. Necessitamos de competições, pois estamos nos preparando para os Jogos Pan-Amerianos e o Campeonato Pan-Americano deste ano, que será em Guayaquil, a nossa casa. Queremos fazer bonito quando estes evento chegarem.

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