A judoca sogipana Ketleyn Quadros (63kg) avançou até as oitavas de final nos Jogos Olímpicos de Paris, encerrando sua participação no torneio individual com uma vitória e uma derrota. No sábado, ela retorna ao tatame para a competição por equipes.
Ela teve uma estreia dominante, vencendo a espanhola Cristina Cabana Perez sem dificuldades, na primeira rodada. Aos 36 segundos de luta, anotou um waza-ari ao projetar a adversária em um bonito sumi-gaeshi e confirmou a vitória logo depois com um novo waza-ari, avançando assim às oitavas de final.
Na luta seguinte, encarou a francesa Clarisse Agbegnenou, atual campeã olímpica e seis vezes campeã mundial. O confronto se estendeu em desvantagem para a brasileira, que somou duas punições no placar. Pendurada e precisando ir para cima, acabou projetada em waza-ari a cinco segundos do fim e despediu-se da competição.
Foi a terceira participação olímpica de Ketleyn, que em 2008 tornou-se a primeira brasileira a conquistar uma medalha no judô. Em Tóquio, na edição passada, ela terminou na sétima colocação. Agora, junto com a equipe brasileira, ela tenta um pódio olímpico na disputa coletiva.
“A parte chata de sair agora é a chateação que é inevitável, mas a parte boa de aprender com isso aqui é que a gente ainda tem mais uma chance de sair com a medalha no peito. Então esse é o foco total, mesmo não sendo a minha categoria, acho que pode ser um fator positivo para o Brasil, levando toda essa velocidade e garra que as meninas talvez não estejam acostumadas. Essa vontade de ‘vamos começar de novo’, que seja agora nas equipes, levando toda essa força, porque acredito muito”, comentou.
Schmidt também para nas oitavas

O outro representante do Brasil nesta terça foi Guilherme Schimidt. Ele estreou bem com vitória dominante, mas acabou superado nas oitavas de final e deixou o tatame mais cedo.
Schimidt pegou bye na primeira rodada e estreou dominante contra Edi Sherifovski, da Macedônia do Norte, na segunda rodada, conseguindo um waza-ari com um minuto e meio de luta. A vitória foi confirmada pouco tempo depois, com uma bela chave-de-braço, uma de suas características mais fortes.
Nas oitavas, o brasileiro reencontrou Antonio Esposito, da Itália, a quem havia vencido na disputa de bronze do Grand Slam de Antalya, em março deste ano. Mas, desta vez, o italiano levou a melhor. No início do golden score, Esposito conseguiu um waza-ari e encerrou a participação de Schimidt nas disputas desta terça.