“Parecia que o coração iria explodir”, conta Portela sobre estreia como técnica

Gerente geral da Federação Gaúcha de Judô desde o início do ano, Maria Portela mal teve tempo de se adaptar à nova função e já foi chamada para outra estreia. A ex-atleta olímpica foi convocada para ser uma das treinadoras da Seleção Brasileira que disputaria a Copa Europeia sub-18 de Perec, na Croácia. Ao lado da sua ex-companheira de Seleção, Maria Suellen Altheman, ela conduziu o Brasil à segunda melhor campanha do evento, que terminou no último domingo.

Passada a competição, o grupo permanece em solo europeu mais alguns dias para treinamento de campo. Portela, no dia seguinte à estreia, ainda repercutia as emoções: “Estar ‘do outro lado’ é bem diferente, apesar de todos esses anos de competição”, admitiu ela, nesta segunda-feira. “Foi algo muito legal. Encarei como um desafio desde o dia que recebi a convocação.”

Com uma delegação de 30 atletas, o Brasil, ao todo, conquistou quatro ouros, duas pratas e nove bronzes. A gaúcha reconheceu que viveu uma correria no dia do evento, indo e vindo ao dojô em sequência, para acompanhar os atletas. Ainda assim, acredita que deixou sua colaboração. “Do contato com os atletas à possibilidade de incentivar e montar estratégias, foi muito especial”, afirmou.

Portela também sentiu uma emoção especial durante a disputa do peso 70kg, do qual ela foi titular da Seleção Brasileira por mais de uma década. “Parecia que o coração iria explodir. Tive que me concentrar, porque quase achava que era eu que iria lutar”, brincou. E justo na sua ex-categoria que veio uma das medalhas do Brasil, com Maria Júlia Hottis. “Acompanhei todas as lutas delas e acho que consegui transferir meu conhecimento da categoria”, festejou.

O contato com os atletas, inclusive com os 11 oriundos do RS, aumentará ao longo dos dias do treinamento de campo, segundo a ex-judoca olímpica. “Para esta segunda fase do estágio, estou mega empolgada com os novos desafios e espero somar sempre em prol do judô nacional, impulsionando o judô brasileiro”, concluiu.

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