João Derly atravessou barreiras e fronteiras ao longo de sua carreira. Primeiro brasileiro campeão mundial, primeiro (e durante muito tempo único) brasileiro bicampeão mundial, dentre tantas outras conquistas. E mesmo que lhe sobrem façanhas, ele destaca uma das conquistas em especial: o ouro nos Jogos Pan-Americanos, no Rio-2007.
Foi um momento especial, quando o gaúcho vivia o auge de sua carreira. Mas, também, teve gostinho especial de revanche: “Participei de dois Jogos Pan-Americanos. Em um eu não medalhei e no no outro, fui ouro. É uma alegria muito boa, uma sensação muito boa”, destacou.
Entre Santo Domingo-2003 e Rio-2007, João Derly consolidou-se de promessa a um dos principais judocas do planeta, em especial a partir do Mundial do Cairo, em 2005. O Pan, no entanto, não lhe reservou facilidades. “No ano que venci, ganhei do cubano Yordannis Arencíbia, que pouco depois foi meu adversário na final do Mundial. É uma prova de como pode ser difícil, o Pan.”
Não foi fácil, mas, ao ouvir o hino diante dos torcedores cariocas, Derly recordou como uma “sensação de dever cumprido”.
Passados 16 anos da conquista, João Derly já deixou as competições de lado e tornou-se um dos kodanshas da Federação Gaúcha de Judô. A partir deste sábado, estará na torcida pelo Brasil e os cinco judocas da Sogipa nos Jogos Pan-Americanos de Santiago.