Uma das principais promessas da base do judô gaúcho está dando seus primeiros na classe sênior. Multimedalhista em categorias como o sub-18 e o sub-21, Eduarda Vaz Rosa, do GN União, fez sua estreia em Grand Slam em novembro, em Abu Dhabi. Caçula da equipe brasileira no evento, Duda não chegou a avançar à disputa por medalhas, mas já absorveu conhecimentos do novo ambiente.
A meta agora é seguir nesse novo nível de disputas. E a primeira etapa para isso será a Seletiva Nacional, ainda neste mês, que definirá o time brasileiro que participará de competições internacionais em 2022. Agora para valer, de olho em uma vaga nos próximos Jogos Olímpicos, ela intensificou os treinamentos para a transição da base ao sênior, como detalha nesta entrevista.
Tu és uma atleta com alguma rodagem internacional, já. Mas como foi e como tu avalia a experiência de competir em um Grand Slam pela equipe sênior?
Foi uma experiência completamente diferente de todas que eu já vivenciei. Apesar de ja ter viajado bastante com a base, estar em um ambiente sênior e logo em um Grand Slam, foi um choque positivo muito grande pra mim. Olhar atletas olímpicos e experientes que eu admiro muito e ver que estou ali, no mesmo lugar que eles, no mesmo tatame, foi realmente muito especial. Fiquei muito feliz de ter dado esse primeiro passo e estar inserida na briga pela vaga de Paris-2024.
Como tu estás encarando a migração da base para o sênior, já que agora a disputa por uma vaga olímpica começa para valer, iniciando pela seletiva nacional. O que muda em treinos, rotinas etc?
É sem dúvidas o maior desafio da minha carreira, essa transição é a parte mais difícil, mas acredito que eu esteja preparada. Consegui construir uma boa base durante todos esses anos que estive na seleção sub-18 e sub-21 e agora é a hora de dar esse grande passo. A rotina de treinos continua bem semelhante a tudo que já vinha sendo feito, porém agora nesta reta final para a primeira seletiva olímpica do ciclo de Paris, intensificamos os treinamentos.
E quanto aos adversários, o que tu espera que irá mudar nesta disputa no sênior?
Acredito que o grau de dificuldade aumentará consideravelmente, principalmente pela diferença de idade com relação a algumas atletas mais experientes e também pela rodagem que as meninas do sênior já têm comparado com quem está chegando agora, fazendo essa transição da base.
O GN União é um clube tradicionalmente formador de atletas, que agora começa a vislumbrar os desafios no sênior. O trabalho também está sendo adaptado?
Com certeza. Assim como eu estou me adaptando com essa nova fase, a nossa equipe multidisciplinar também está. Estamos constantemente adquirindo novos conhecimento sobre o cenário atual do judô mundial e também fazendo integração com outras equipes, como por exemplo a Sogipa, fazendo essa troca de experiências.