A Seleção Brasileira Júnior, que teve o diretor técnico da FGJ, Douglas Potrich como um dos treinadores, brilhou nos inéditos Jogos Pan-Americanos Sub-21 de Cali e retorna ao Brasil, nesta segunda, com 11 medalhas na bagagem. Foram seis ouros, uma prata e quatro bronzes conquistados pelo judô brasileiro, que manteve a hegemonia continental na modalidade, tanto nas disputas individuais, liderando o quadro geral, quanto na competição por equipes mistas que teve o time brasileiro como grande campeão. De quebra, os cinco atletas que foram campeões no individual garantiram vagas para representar o país nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, na classe sênior.
A gente bateu a nossa meta, que era de cinco ouros e demos um passo importante na transição, pois garantimos que cinco atletas jovens participem de Santiago em categorias que são chave para nós, como 73kg, 70kg, 78kg e 100kg. Gostei muito também da atitude dos atletas na competição por equipes. Foi algo muito positivo. É uma nova competição que a gente tem que trabalhar porque, agora, é a 15ª medalha olímpica. Gostaria de aproveitar e agradecer ao Comitê Olímpico do Brasil por todo o suporte à nossa delegação. O atendimento em todos os serviços foi impecável: alimentação, hospedagem, transporte, departamento médico, logística de protocolo, tudo feito com muito cuidado para que a gente tivesse a melhor vivência nesses Jogos”, avaliou Marcelo Theotonio, gerente das equipes de transição da CBJ, chefe de equipe do Judô em Cali.
A campanha do judô brasileiro em Cali começou na sexta-feira, já com quatro medalhas. Aléxia Nascimento (48kg) e Gabriel Falcão (73kg) foram campeões em suas categorias, enquanto Nauana Silva (63kg) e Matheus Pereira (66kg) faturaram medalhas de bronze. Thayane Lemos (57kg) deixou o bronze escapar por muito pouco e ficou em quinto lugar.
No sábado, segundo dia de competições individuais, os judocas brasileiros tiveram resultados ainda melhores, com quatro finais e duas disputas de bronze. Luana Carvalho (70kg), Eliza Ramos (78kg) e Kayo Santos (100kg) conquistaram o ouro, Marcos Santos (81kg) ficou com a prata, e Daniel Bolezina (+100kg) e Luana Oliveira (+78kg) ficaram com o bronze. Victor Hugo Nascimento (90kg) também lutou nesse dia, mas caiu na fase de oitavas-de-final e não chegou às disputas por medalhas.
As dez medalhas (5 ouros, 1 prata e 4 bronzes) deram ao Brasil o primeiro lugar geral no quadro de medalhas das disputas individuais do judô. Cuba ficou em segundo lugar (2 ouros, 2 pratas e 2 bronzes), seguida por Estados Unidos, Venezuela e República Dominicana.
Equipe passa por República Dominicana, Cuba e Estados Unidos para ficar com ouro
No domingo,último dia de competição, todos os atletas brasileiros voltaram ao tatame do Coliseo Yuri Alvear para a disputa por equipes mistas. Mostrando muita garra e união, o time brasileiro formado por Gabriel Falcão (73kg), Marcos Santos (90kg), Victor Hugo Nascimento (90kg), Kayo Santos (+90kg), Daniel Bolezina (+90kg), Thayane Lemos (57kg), Luana Carvalho (70kg), Eliza Ramos (+70kg) e Luana Oliveira (+70kg) venceu República Dominicana, Cuba e os Estados Unidos para conquistar o sexto ouro do Brasil em Cali.
No primeiro combate, os brasileiros bateram os dominicanos por 4 a 2, com vitórias de Falcão (73kg), Victor Hugo (90kg), Kayo (+90kg) e Thayane (57kg).
Na semifinal, o duelo com Cuba começou tenso, com os cubanos abrindo dois a zero de vantagem. Mas, o Brasil buscou o empate e, na sequência, a virada por 4 a 3. Falcão fez o terceiro ponto que manteve o time vivo na disputa e, na luta de desempate, Marcos Santos conseguiu um waza-ari, que garantiu o Brasil na grande final.
Depois de passar por adversários mais duros nas fases anteriores, o time brasileiro entrou confiante para a final e dominou os Estados Unidos, vencendo os quatro primeiros combates – Eliza Ramos, Victor Hugo, Daniel Bolezina e Thayane Lemos – para conquistar o título inédito e fechar Cali 2021 no topo do pódio.
