A medalha de bronze conquistada por Daniel Cargnin, no domingo, confirmou a manutenção de uma rotina iniciada há 13 anos, em Pequim-2008. Nas últimas quatro edições dos Jogos Olímpicos, judocas que lutam no RS subiram ao pódio em cinco oportunidades.
As cinco medalhas têm a mesma cor: bronze. A fila foi puxada por Tiago Camilo (81kg) na China; quatro anos mais tarde foi a vez de Felipe Kitadai (60kg) e Mayra Aguiar (78kg); no Rio-2016, Mayra repetiu a dose; e agora foi a vez de Daniel. Todos os atletas treinavam na Sogipa, sob comando do professor Antônio Carlos Pereira, o Kiko.
“Temos um dos principais clubes de judô no mundo em nossa casa e isso nos orgulha” destaca o presidente da Federação Gaúcha de Judô, Luiz Bayard. “É um trabalho de altíssimo nível e bastante regular, realizado há mais de uma década neste patamar, que é para poucos”, exalta o dirigente.
“É importante destacar, também, que uma medalha e mesmo uma classificação olímpica não chega sozinha. Ela é fruto de muito trabalho, que vem desde a base e passa por uma série de profissionais de apoio, além de colegas de treino. No judô gaúcho, pregamos essa união e prestamos esse reconhecimento neste momento de glória, que no caso de Daniel iniciou lá em Canoas, nas aulas com o sensei Sandro Nery”, salienta Bayard.
“A Sogipa é um exemplo que inspira e faz com que outros clubes busquem trilhar o mesmo e longo caminho. Hoje, além de contarmos uma presença recorde na Seleção Brasileira, temos inúmeros atletas na base, além de um quadro qualificado na arbitragem e professores que integram comissões técnicas em nível nacional, inclusive lá em Tóquio, neste momento”, acrescenta o presidente.
“E por esse trabalho eu quero parabenizar a todos, desde a Sogipa por seu trabalho, aos atletas e professores que deram sua contribuição, por menor que seja, para o Daniel chegar ao pódio olímpico. Não só ele, como às pessoas que nos fazem acreditar que depois da quinta medalha, a próxima pode chegar ainda nesta semana, com a Ketleyn, a Maria, o Rafael ou com a Mayra”, conclui Bayard. “Temos um judô fortíssimo e comprometido e isso é motivo de orgulho para todos nós.”
