Bayard e Moacir apostam em crescimento do Ne Waza

Foi um domingo atípico, cheio de gritos de hajimê e disputas acirradas no dojô da Federação Gaúcha de Judô. O dia, normalmente, é parado por ali, até porque a FGJ realiza suas competições aos sábados. Mas, ainda assim, quase 200 atletas – entre eles os medalhistas olímpicos Felipe Kitadai e Ketleyn Quadros – além de professores, árbitros e torcedores estavam ali por uma boa causa. À beira do tatame, eles participaram e prestigiaram o primeiro Campeonato Estadual de Ne Waza.
Primeiro de muitos, como esperam os principais organizadores e incentivadores do evento, o diretor técnico Luiz Bayard e o sensei Moacir Mendes Júnior. “Foi um domingo histórico para o judô gaúcho, pois ele marca uma nova etapa das competições da Federação. Foi um dia muito proveitoso e tivemos um feedback muito positivo da competição”, avaliou Bayard, agradecendo tanto à CBJ quanto à FGJ a oportunidade de realização do torneio, que serviu de projeto-piloto para certames em escala maior da modalidade.
O Ne Waza é um conjunto de técnicas de luta de solo. O sistema de pontuação difere um pouco do judô. Essas técnicas, apontam os professores, podem ser fundamentais aos atletas de alto rendimento em disputas apertadas – como atestou a própria Ketleyn Quadros depois de sua participação no Estadual.
“Hoje em dia o Ne Waza é tão importante quanto o Tati-Waza nas competições”, ressalta Moacir Mendes Júnior, um dos nomes mais respeitados da luta de solo no Brasil – e no mundo. Com a competição, o objetivo é chamar a atenção e fomentar os treinamentos no Ne Waza. Ele revelou que analisou diversos torneios e pôde constatar que muitos resultados negativos passaram pela falta de treinamento ou desconhecimento total do combate de solo. “É importante mudar a cabeça de atletas e professores com relação à luta de solo”, pontuou.
Agora, ele tem a expectativa de mais eventos de Ne Waza, tanto em nível estadual quanto em nível nacional – o Brasileiro de Ne Waza já está autorizado pela CBJ, e entrará no calendário em 2020. “Espero realmente que isso possa se tornar realidade”, disse. “Que mudemos a realidade do judô no nosso país, criando as próximas gerações mais fortes e completas no nosso esporte, espero que eu possa estar contribuindo para a evolução do judô no Brasil.”
No que depender do empenho, essa meta será alcançada. O caminho foi traçado, na opinião de Bayard: “Tivemos uma competição bem dinâmica, com aprovação de atletas e árbitros, além de toda a equipe de trabalho. Foi uma competição que ocorreu com bastante dinamismo e mesmo na sua primeira edição contou com praticamente 200 atletas. Estamos bastante felizes e esperamos que esta prática se torne comum também em outros estados”, concluiu.
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