Érika Miranda provou mais uma vez que é uma das judocas mais estáveis da história. A judoca da Sogipa conquistou nesta sexta-feira a sua sexta medalha em Campeonatos Mundiais, ao faturar o bronze em Baku, no Azerbaijão, no que foi o primeiro pódio da Seleção no torneio. O também sogipano Daniel Cargnin, em seu primeiro Mundial, chegou a disputar a medalha, mas terminou na quinta colocação.
O Mundial em Baku segue até a próxima quinta-feira. Ketleyn Quadros, Maria Portela e Mayra Aguiar lutam entre domingo e terça-feira. No confronto por equipes, David Lima será o representante do judô gaúcho na Seleção Brasileira.
Érika brilha mais uma vez
Para chegar a sua sexta medalha em Mundiais – quinta no individual –, Érika Miranda iniciou a competição com tudo em Baku. Ippon após ippon chegou até as semifinais, batendo pelo caminho Katri Kakko, da Finlândia; Petra Nareks, da Eslovênia; e Charlini Van Snick, da Bélgica.
Mas aí ela teve pela frente a atual campeã mundial Ai Shishime, do Japão. A nipônica superou a sogipana e acabou por forçar um confronto brasileiro valendo a medalha de bronze: Érika Miranda x Jéssica Pereira. No duelo valendo o bronze, Érika assegurou a vitória em 18 segundos, imobilizando a colega de seleção.
A vitória fez Érika garantir um lugar no pódio pela quinta vez consecutiva no Mundial. Prata no Rio-2013, ela conquista recebeu o bronze pela quarta vez consecutiva. No ano passado, ela também levou a prata no primeiro Mundial com equipes mistas.
A luta do bronze:
Daniel mostra que chega forte no ciclo olímpico
Mesmo disputando seu primeiro Mundial sênior, Daniel Cargnin mostrou mais uma vez que entra forte neste ciclo olímpico. E que não é um atleta fácil de ser batido. No primeiro duelo, após um equilíbrio no tempo normal, venceu Petar Zadro por ippon no golden score. Na sequência, silenciou o ginásio de Baku ao derrotar o atleta da casa Nijat Shikhalizada. Embalado, bateu Pavel Petrikov por ippon em 19 segundos.
Pela frente, então, teve o líder do ranking mundial, Tal Flicker, de Israel. O confronto foi marcado pelo equilíbrio, no qual o gaúcho deixou o tatame derrotado, mas lutou por quase dez minutos, entre tempo normal e golden score. Em seguida, Daniel voltou para a repescagem e, no primeiro confronto, bateu Kherlen Ganbold, da Mongólia.
Na disputa pela medalha, Daniel voltou a fazer um confronto equilibrado, mas que acabou decidido no detalhe em favor de Baul An, da Coreia do Sul. O atual vice-campeão olímpico ganhou por um waza-ari de diferença.
Fotos: Rodolfo Vilela / Rede do Esporte
