Maria Portela foi a mais um Troféu Brasil e saiu campeã. A quantidade ouros que ela tem desta competição? Nem ela lembra mais. No entanto, mais importante que a quantidade e a cor das medalhas é o planejamento dando certo para o principal compromisso que ela terá na temporada: o Mundial de Baku, no próximo mês.
E Portela chegará ao Mundial embalada. Do fim do ano passado para cá, a gaúcha da Sogipa coleciona bons resultados, tanto em nível nacional, quanto no internacional – com direito a ouros no Masters e no Grand Slam de Ecaterimburgo.
“Eu tenho feito algumas coisas diferentes, tenho trabalhado um pouquinho mais a minha cabeça, em relação aos treinos também. E eu sempre busquei ser constante nas competições, porque eu acredito que isso acaba melhorando o nível”, disse ela, logo após a conquista desta sexta-feira, em Canoas. “Não vou dizer que estou com expectativa, mas eu fiz uma preparação bem forte para esse Mundial.”
Visando um pódio inédito no Mundial, ela foi para o tatame do Troféu Brasil focada. “Encarei como um treinamento de alta intensidade. A oportunidade de segurar no quimono de atletas da mesma categoria é um momento único, então tive bastante paciência e fui fazendo aos poucos”, analisou. “Fui caminhando e melhorando, mas a preparação mesmo é para o Mundial”, disse ela, sem esconder seu principal objetivo em 2018.
Para ela, lutar praticamente em casa – o ginásio da Unilasalle fica a menos de cinco quilômetros da Sogipa – traz até uma pressão maior. “É gostoso lutar em casa porque tu tem o apoio da torcida, vê as crianças ali do clube torcendo, vibrando, isso é legal. Mas ao mesmo tempo tem uma responsabilidade por trás, que as pessoas tão ali vibrando e querendo que tu venças”, destacou ela. “Mas acho que hoje eu consegui lutar com tranquilidade e conquistar o melhor resultado”, completou, antes de seguir para a pesagem do Grand Prix Interclubes, que ocorre neste sábado, também em Canoas.