Daniel Pires exalta trabalho feito na base da Sogipa

Nas últimas três edições dos Jogos Olímpicos, o judô gaúcho subiu no pódio em quatro oportunidades. Além do bronze da medalha, outra coincidência que une Tiago Camilo, Felipe Kitadai e Mayra Aguiar é o clube: a Sogipa, uma das equipes mais fortes do mundo.
Mas o foco do clube está longe de ser apenas no alto rendimento da categoria sênior. O clube também vem colhendo bons resultados nas categorias de base, como provam as recentes medalhas alcançadas nos Jogos Escolares da Juventude, em que a equipe gaúcha foi campeã, e no Campeonato Brasileiro sub-15, na semana anterior. Nos JEJ, metade das medalhas alcançadas pela Seleção Gaúcha foi obtida por alunos-atletas sogipanos. Dias antes, outras quatro medalhas no Brasileirão sub-15, incluindo a única de ouro da delegação gaúcha no evento.
Para o sensei Daniel Pires, um dos responsáveis pelas categorias de base da Sogipa, o resultado reflete o trabalho desenvolvido com esta faixa etária no clube. “Todo o trabalho de formação de atletas da Sogipa é voltado para que o aluno tenha a condição de chegar ao alto rendimento. Temos turmas de iniciação para crianças a partir dos 3 anos e nestas turmas os alunos recebem, além dos fundamentos técnicos básicos, atividades físicas variadas a fim de contribuir no amadurecimento motor das crianças facilitando o futuro o aprendizado de técnicas mais específicas”, explicou.  “Quando o aluno atinge um nível técnico aceitável eles iniciam as vivências em competições.”
O objetivo com este desenvolvimento é fazer com que o atleta chegue pronto ao sênior, onde a disputa é muito mais acirrada. “As passagens de nível e carga de treinamento são feitas de forma moderada, para que o aluno consiga se adaptar à nova realidade de treino, quando a aluno é sub-15 ele inicia a preparação física com o mesmo profissional da equipe sênior e realiza duas vezes na semana um treino junto com a equipe principal. Desta forma existe uma maior adaptação à realidade da equipe principal”, contou.
Mas, claro, também cabe ao atleta ter a dedicação necessária durante a base. “O que jovem precisa para ter uma boa formação nas categorias de base é acreditar no treinamento, não criar expectativa em cima de resultados. Nesta fase os resultados são apenas um indicativo, não é determinante para uma carreira de sucesso no sênior”, avaliou Daniel.
As medalhas são bem-vindas, porém outros fatores também são bastante comemorados, quando alcançados: “Existem muitas variáveis para um bom resultado nas categorias de base. Como a maturação o peso uma consciência tática, um controle emocional. Estes fatores só se equilibram a partir do sub-18. Antes disso é muito precoce fazer qualquer tipo de projeção”, concluiu o sensei.

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