Nota oficial da FGJ

De maneira oficial, a Federação Gaúcha de Judô se posiciona sobre a decisão do Governo do Rio Grande do Sul de fechar a Fundergs e outras fundações. Leia a nota na íntegra abaixo:
NOTA OFICIAL
É notório que o desporto no Brasil e no mundo vive uma constante crescimento. Essa realidade não decorre apenas do fortalecimento do esporte de alto rendimento em razão da evolução dos atletas, mas também da procura cada vez maior pelo desporto educacional, de participação e de formação por parte das pessoas que praticam alguma modalidade esportiva por lazer, saúde e/ou prazer.
Tamanha é a importância do esporte na estrutura do nosso país, que a organização desportiva nacional é considerada patrimônio cultural brasileiro e de elevado interesse social, nos termos do art. 4º, §2o, da Lei 9.615/98.
Ocorre que na contramão deste cenário nacional e mundial de apoio e investimento ao esporte, o Governo do RS no início deste ano resolveu fundir as Secretárias Estaduais de Esportes e Turismo, resultando, inegavelmente, em um retrocesso, pois forçou que a organização de atividades diferentes fossem centralizadas em uma pasta, enfraquecendo ambos os setores.
Ainda, como se não bastasse isso, fomos surpreendidos com o recente pedido do Governo de extinguir à FUNDERGS, Fundação de Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul, criada em 2001, que possui dentre as suas atribuições planejar, coordenar e executar a política de esporte e lazer no RS, com foco no Esporte Educacional, Esporte de Rendimento e Esporte de Participação.
O resultado prático do trabalho desenvolvido pela FUNDERGS pode ser facilmente visto por milhares de pessoas que participam das dezenas de projetos apoiados pela fundação, que utiliza a verba pública federal destinada ao Estado, oriunda da Lei 9615/98, também conhecida como Lei Pelé, para proporcionar que alunos, sejam eles crianças, adolescentes ou adultos, utilizem o esporte como uma fonte de entretenimento, ferramenta de inclusão social ou como uma expectativa de conseguir tornar-se um atleta de alto rendimento.
Por isso, a Federação Gaúcha de Judô vem a público pedir para os Deputados Estaduais que não aprovem a extinção da FUNDERGS, pois desta forma estarão prejudicando milhares de pessoas e o desenvolvimento do esporte gaúcho, que depende da existência da fundação para continuar progredindo.
A crise financeira do Estado não ocorre em razão da FUNDERGS, que utiliza verba pública federal para apoiar os projetos. Assim, esperamos que o esporte gaúcho não sofra mais esse prejuízo, já que dependemos da manutenção das atividades da FUNDERGS para que os projetos voltados ao esporte continuem!
Porto Alegre, 07 de agosto de 2015.
Carlos Eurico da Luz Pereira
Presidente da Federação Gaúcha de Judô

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Uma resposta

  1. É preciso saber para falar e não pensar com o fígado ou olhando para o umbigo. Vivemos um momento ímpar no RS. Não há condição de seguirmos raciocinando de forma confusa.
    A FUNDERGS “distribui” verbas Estaduais também. E é “sustentada” pelo Governo do RS que, como todos sabem, encontra-se falido.
    NADA é tão correto quanto fechar a FUNDERGS nesse momento. Tive a oportunidade de acompanhar o andamento de vários editais durante os últimos anos e, agora, após o novo Governo haver assumido, tenho a mais absoluta convicção do que estou afirmando pois consegui acessar informações que antes eram inalcançáveis e protegidas.
    O trabalho realizado pela FUNDERGS pode, perfeitamente, e com.um custo infinitamente menor, ser prestado e desenvolvido pela própria Secretaria de Desporto. Ademais, surge o momento de passarmos a limpo a Fundação e os paternalismos nela existentes. Dinheiro para a Copa Porsche, Torneios de Beach Tênis, etc. – esportes elitizados- não são propriamente o melhor investimento para verbas públicas. Sem falar no belo cabide de empregos e de contratos de terceirização para o qual essa Fundação se presta.
    É hora de rever critérios e, até, quem sabe, auditar de forma célere a destinação dessas verbas no curso dos anos procurando saber as respostas e razões pelas quais quase 70% do dinheiro público repassado acabou nas mãos de menos de 30% dos que se habilitaram.
    Pensar coletivamente e não seletivamente. Esse é o caminho. O resto é delírio e panfletagem desapegada da realidade real.

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