A expectativa de Felipe Kitadai é grande para o Campeonato Mundial. Mas se o resultado, por ventura, não vier, não terá sido por falta de esforço: “Vou chegar 100%. Estou me sentindo melhor do que quando fui a Londres. Hoje minha preparação e meus números são muito melhores”, ressaltou ele, que evitou fazer uma projeção de pódio. “Eu sempre viso o ouro. Mas bronze ou prata não vai diminuir em nada meu trabalho. Sempre é uma colocação muito boa em se tratando que é um torneio em nível mundial.”
Medalhista olímpico em 2012, o judoca sogipano da categoria ligeiro estreia no Mundial contra Diyorbek Urozboev, do Uzbequistão. Depois dele, Mayra Aguiar e Rochele Nunes serão os representantes do judô gaúcho na Rússia.
Daquele 28 de julho de 2012 – quando recebeu o bronze em Londres – até agora foram sete medalhas no circuito internacional, três delas em Grand Slam. De lá para cá também mudou o patamar da carreira de Kitadai. Se ele chegou aos Jogos Olímpicos como zebra, o bronze o fez favorito para as competições seguintes.
Com a nova condição, ele passou a ser estudado pelos rivais, o que afetou diretamente seu treinamento. “Hoje a gente treina formas de chegar ao mesmo lugar de diferentes maneiras. O caminho que eu chegava antes é um caminho proibido hoje, porque é muito estudado”, explicou. “Eu tenho que chegar neste lugar por outros caminhos. Esta é a grande questão que temos buscado”, acrescentou ele, que garante que se manter na elite é mais difícil do que chegar até o topo.
Tão trabalhada quanto os golpes foi a parte psicológica, para que aspectos extra-tatame não atrapalhem. “Chego mentalmente forte. Meu trabalho psicológico em cima de trabalho. Quanto mais trabalho eu faço, mais certeza do que eu posso fazer eu tenho. Eu trabalho todos os dias para chegar com o psicológico forte”, contou ele, com o rosto pingando suor.
E quem irá duvidar?