Além de homenagear os professores mais antigos do Estado, com a Copinha Kodanshas e a Copa Sensei Cleto Alves Mendes, a FGJ celebrará Yves Levy Dupont neste sábado, no CETE. O atleta da Sogipa é o primeiro gaúcho a graduar-se faixa preta e dá nome à uma competição especial, destinada apenas a judocas com algum tipo de deficiência intelectual (DI).
Técnico de judocas com DI desde 2011 e de atletas com outros tipos de deficiência há mais de uma década, o professor Marcelo Xavier, do Instituto Superação, destacou a iniciativa. “São poucas as federações que estão abrindo este segmento”, afirma Marcelo, que inscreveu 24 atletas para a Copa Yves Dupont. “É importante é mostrar para a sociedade e para os professores que também pode se trabalhar com este grupo através do judô.”
Com propriedade, o professor destaca que vê uma demanda maior com os alunos especiais. “Essas pessoas agora estão saindo de casa. Antes ficavam isolados, em casa ou em um local especial. Agora não. Eles estão frequentando normalmente o que a sociedade lhes oferece”. salienta. “Evidentemente de forma diferenciada, mas estão se fazendo presentes.”
Para o professor Marcelo, o judô é um esporte no qual os judocas DI conseguem se desenvolver. “Hoje os estudos mostram que a melhora motora implica na melhora intelectual”, atesta. “Se tu conquistas afetivamente teu aluno, ele acaba ganhando um desenvolvimento de coordenação motora e automaticamente ele vai ter uma melhora na sua capacidade intelectual, na memória, na atenção e na relação interssocial com amigos e até com o professor. Sobretudo o autista, que tem mais dificuldades de se relacionar”, esclarece.
A Copa Yves Levy Dupont está programada para começar às 13h deste sábado, no dojô do ginásio de lutas do Centro Estadual de Treinamento Esportivo (CETE).
