Taciana Lima está de volta à ponta de cima do ranking olímpico. Mas, agora, a judoca da Oi/Sogipa defende uma nova pátria: Guiné Bissau, país-natal de seu pai. Lutando com novas cores no quimono, ela conquistou em abril o Campeonato Africano, que lhe garantiu um lugar no Masters de Tyumen, na Rússia, no fim de semana que vem, para onde ela já embarcou.
Motivada novamente no judô – e na vida familiar, após conhecer o pai aos 29 anos de idade – Taciana superou a suspeita de doping, cujo resultado deu negativo na contraprova, mas que lhe rendeu uma suspensão preventiva, e entrou de vez na briga por uma vaga nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. “Foi o pior momento da minha vida”, diz. Ainda assim, garante, a aposentadoria não foi uma hipótese cogitada: “Nunca pensei em parar”.
Agora, aliando experiência com a motivação de estar próxima do topo novamente, a atleta assegura ânimo na hora de entrar no tatame. “Fiquei um ano e meio me mantendo entre as 14 do mundo e não lutei o Masters”, destaca, ainda impressionada com a velocidade que as mudanças na sua vida ocorreram em 2013. “Um mês e meio atrás eu não tinha nem noção que poderia ir ao Masters.”
Passadas as incertezas, agora Taciana se vê como uma atleta mais amadurecida e forte. Dentro e fora do tatame: “Sou uma Taciana antes e uma Taciana depois. Tenho certeza que hoje sou muito mais forte”.
Judô gaúcho terá oito atletas no Masters
Além da guineense Taciana Lima, o judô gaúcho será representado por outros sete atletas, todos da Oi/Sogipa: Maria Portela, Mayra Aguiar e Rochele Nunes; Felipe Kitadai, Diego Santos, Renan Nunes e Walter Santos. O grupo embarcou na segunda-feira. Ao todo, o Brasil terá 23 atletas na competição.
O Masters é o torneio anual promovido pela Federação Internacional de Judô que reúne apenas os 16 melhores ranqueados do mundo. A medalha de ouro na competição rende 700 pontos – pontuação inferior apenas à conquista dos Jogos Olímpicos e do Mundial.
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barabens taciana…