Sensei Leandro Freire embarca à Europa em busca de “um baita apredizado”

Experiência ao professor Leandro Freire não falta. Mas mesmo com anos de prática e ensinamento de judô e o grau de quarto dan, o sensei segue buscando aprimoramentos. E é com este espírito que ele embarca pela primeira vez à Europa nesta quarta-feira, com a Seleção Brasileira sub-18. “Vai ser um baita aprendizado”, projeta.
O professor embarca graças a um investimento do GN União, clube onde dá aulas há quase três anos. Ele vai junto com a delegação do Brasil que irá lutar na Romênia e na Itália. No grupo, também estão os atletas gaúchos Clóvis Braga (Rio Branco), Brener Marcon (Kiai), Marcelo Braga (Sogipa) e os unionistas Felipe Maia, Camila Zeferino, Gustavo Cação e Carolynne Hernandez, além do técnico gaúcho Douglas Pötrich.
“Eu vou lá para dar incentivo, acompanhar e aprender, no sentindo de ver pessoas em outro estilo de judô, técnicas de treinamento de professores de outros países”, conta o sensei Freire, que até hoje tinha experiências internacionais limitadas aos países sul-americanos. “Pretendo incorporar o que achar válido. É uma relação de troca”, complementa ele, sobre o que espera do intercâmbio com os europeus.
Como não poderia deixar de ser, a atenção especial estará com o quarteto do GN União, com quem trabalha diariamente em Porto Alegre. “Vou dar apoio para os meus atletas, que já são atletas vitoriosos. Conseguir classificar quatro em um estágio desses, por meio de seletiva nacional, com quase 40 atletas por vaga, sendo que a Zeferino classificou em duas classes, já é uma vitória grande”, ressalta.
“A gente sonha alto”
Para o professor, o judô do GN União vive um momento ascendente. “Com o trabalho do professor Rafael (Garcia), crescemos bastante. Ano passado ganhamos 13 das 15 competições do circuito gaúcho. Temos campeões brasileiros, sul e pan-americanos”, destaca ele, que também aponta o crescimento do grupo: “O primeiro torneio que fiz tinha a delegação tinha 35 atletas e, no Estadual, 335”.
Com o maior número de adeptos – explica o professor – todo mundo cresce. “O judô é um esporte que precisa de gente para treinar. Crescemos neste quesito”, ensina. “Temos todo o apoio do clube e da diretoria. O clube dá todo o tipo de subsídio. Talvez tenha uma área maior, porque o judô cresceu”, conta ele.  “A gente sonha alto. Sonhamos em conquistar o RS e estamos de certa forma conseguindo, respeitando o nossos adversários”, afirma ele, que, com trabalho do dia a dia, espera colher os frutos adiante: “É um trabalho a médio-prazo”.
Rotina até maio
A viagem do professor Leandro Freire e da Seleção Brasileira sub-18 começou em 21 de abril, quando o grupo se reuniu em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, para três dias de concentração. Na quarta, o embarque é para a Romênia, onde disputam um torneio no fim de semana. Sete dias depois, os confrontos serão na Itália.