No Gondoleiros, judô passa de filhos para mães

Gondoleiros leva à risca a meta do judô familiar | Foto: Miguel Noronha / FGJQue o judô é um esporte familiar todo mundo sabe. São muitos os casos em que irmãos, pais e avôs compartilham histórias vividas no tatame nas reuniões em casa. É tradição de geração em geração. Mas, no Gondoleiros, a ordem se inverteu. Lá quem leva mães e pais para a modalidade são os filhos.
No clube porto-alegrense já há quase uma dúzia de mães que um dia foram ao dojô apenas para assistir o treino dos filhos e, pouco a pouco, chegaram mais perto e hoje estão seguindo o caminho suave ensinado por Jigoro Kano.
“A maioria entrou em 2012”, conta o professor Marçal Neto, responsável técnico do Gondoleiros. “Todas ingressaram procurando apenas uma atividade física e hoje participam tanto ou mais que os filhos, servindo de motivação e fortalecendo ainda mais o vinculo familiar”, acrescenta ele, sem esquecer de elogiar: “São alunas dedicadas”.
Dentro do tatame, os resultados desta integração não tardaram a aparecer. “Todas elas já conquistaram medalhas para o Gondoleiros e algumas foram até campeãs estaduais no ano passado”, destaca Marçal.
A iniciativa dos filhos com as mães não parou por aí. Há pouco tempo, o professor tem observado que alguns pais também têm se inscrito para praticar judô. “Tenho um aluno que é faixa-azul, sua mãe é amarela e o pai, branca”, revela ele, que acredita que o clima dos treinos só melhora assim: “Reparamos que os treinamentos viraram familiares. O relacionamento melhorou bastante. Não tem aquela rebeldia natural dos adolescentes”.
Os treinamentos no Gondoleiros ocorrem três vezes por semana: segundas, quartas e sextas-feiras, sempre a partir das 19h30min.
Veja fotos do treinamento no Gondoleiros

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3 respostas

  1. Aqui na ASSONAJU, em Encruzilhada do Sul, isso também ocorreu. Minha família é um caso, meus filhos começaram no judô em fevereiro de 2011 e aos poucos meu marido também se interessou e começou a praticar e por fim criei coragem. É um interesse em comum que temos. Mas não somos os únicos, muitos pais começaram acompanhando os filhos. Judô passado de filhos para pais, antes eu ficava nervosa assistindo aos campeonatos, hoje eles até filmam as lutas, ficam nervosos e ainda corrigem algo que acham que poderia ter sido melhor.

  2. Sintome feliz e orgulhoso por tambem fazer parte dessa historia, trazendo o saudoso PROF NAOSHIGE (NAO) para o Depto de Judo no inicio da decada de 70, sem duvida um marco na historia do Judo no RGSul;
    Pres. do Conselho Deliberativo

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