De passagem por Porto Alegre, onde acompanhou o primeiro dia de lutas do Campeonato Pan-Americano de veteranos, no último fim de semana, o presidente da Confederação Brasileira de Judô, Paulo Wanderley, traçou considerações sobre a modalidade no Rio Grande do Sul. E num rápida conversa, constatou: “Os gaúchos sempre buscam o melhor”.
Ao lado do presidente da Federação Gaúcha de Judô, Carlos Eurico da Luz Pereira, do bicampeão mundial, João Derly, e outras autoridades, Paulo Wanderley abriu o Pan, ainda na sexta-feira. Logo a seguir, sentou-se em frente à área central de lutas para acompanhar a competição. Do local, trocou ideias com diversas pessoas, ressaltando a importância dos mais diversos níveis de competição do judô no Brasil e no Rio Grande do Sul.
Instigado a comentar sobre o esporte no Estado, não segurou o sorriso e afirmou: “Aqui há uma nação, a nação gaúcha de judô”. “Os judocas gaúchos são sempre focados no objetivo. Eles são entusiastas da nossa modalidade”, analisou.
Paulo Wanderley mostra confiança nos “gaúchos olímpicos”
Prova desta determinação, ao seu ver, é a gaúcha Maria Portela, que voltou a treinar no Estado neste ano e deu um salto no ranking mundial, já estando próxima de garantir uma vaga nos Jogos Olímpicos do ano que vem. “Ela é muito guerreira e tem muita disposição para conseguir o que quer”, comentou o dirigente, sobre a atual número 20 do ranking mundial da categoria médio. “Ela está perseguindo o objetivo e deve se firmar nesta vaga.”
Em outra gaúcha, Mayra Aguiar, repousam esperanças de muitas conquistas para o judô brasileiro nos próximos anos. “Mayra sempre foi uma vencedora. É uma atleta regular e está no topo da excelência mundial”, destacou. “Ela ainda é jovem, mas com bastante experiência. É, ao meu ver, um dos nomes mais fortes nos Jogos Pan-Americanos e em Londres-2012.”
O presidente da CBJ também se mostrou otimista ao falar sobre Felipe Kitadai, no Sul desde o início da temporada. “É uma grata revelação. É jovem ainda e vem preenchendo com propriedade esta categoria.”
Presidente da CBJ ressalta importância de clubes e academias
No entanto, não são apenas de atletas de ponta em que a força do judô brasileiro reside. Paulo Wanderley fez questão de ressaltar a importância de clubes e academias: “Cada um tem seu papel. Em geral, a base dos atletas está em clubes menores e academias. Aliás, a raiz do judô brasileiro está nas academias”, salientou.
“O atleta às vezes precisa de mais recursos e por isso troca de clube”, explicou Paulo Wanderley. Numa breve comparação, disse que as academias e os clubes maiores são importantes. “Todos têm papel fundamental.”
Mais apoio aos veteranos
Uma das marcas da gestão de Paulo Wanderley à frente da CBJ é o apoio às categorias de base. Mas, garantiu ele, paulatinamente, os veteranos também vão ganhar mais incentivo. “Tudo é uma questão de passo a passo, uma etapa de cada vez”, afirmou ele, lembrando da realização do Sul-Americano no ano passado em Porto Alegre e do Mundial do ano que vem, que será em Salvador. “Com essa sequência, vamos dando um apoio ainda mais concreto.”
