Fundergs conhece projeto social de judô

Um grupo de sete alunos que, em oito meses, passaram a ser 95 pessoas, de três a 80 anos, praticando judô gratuitamente. Essa é a realidade da turma que tem aulas às terças e quintas-feiras com o professor Marcelo Xavier no Centro Estadual de Treinamento Esportivo (CETE). O instrutor apresentou o seu projeto, Judô na luta contra o crack, na manhã desta terça-feira para o presidente da Fundergs, Robinson Brum Dias.
Segundo Xavier, os alunos não pagam nada pelas aulas, apenas precisam providenciar o seu quimono. “Aí, eles se viram: um pega emprestado, o outro ganha, quem pode compra. Mas eles dão um jeito”, contou. As aulas acontecem na parte destinada às artes marciais de um dos ginásios do CETE, mas o espaço está apertado em virtude do número de alunos, que vem crescendo. “Gostaríamos de algum apoio da Fundergs apenas para ampliar o espaço, afastar os equipamentos de musculação nos horários de aula, para que possamos atender a todos”, explicou o mestre judoca.
Brum Dias elogiou a iniciativa e comprometeu-se a procurar uma solução. “É muito importante e meritória a atividade que o Marcelo desenvolve. Utilizando-se apenas da estrutura física do CETE ele consegue dar uma nova oportunidade de vida para essas pessoas”, disse o presidente da Fundergs.
Apoio na iniciativa privada
A partir do próximo mês, o projeto social de Xavier ganhará um reforço importante. Uma parceria com a Rudder Segurança vai garantir os quimonos para os alunos, que também terão como colegas cerca de 50 crianças e adolescentes filhos de funcionários de baixa renda da empresa. “A necessidade de um espaço maior só se acentua”, salientou professor Xavier.
O projeto, chamado Futuro Seguro, funcionará a partir de meados de setembro, com lançamento no próprio CETE. O presidente da Fundergs lembrou que a parceria com a iniciativa privada é fundamental para garantir e ampliar projetos sociais. “O Governo do Estado tem condições de oferecer uma infraestrutura qualificada gratuita para a prática de esportes. Somando-se às empresas comprometidas com a inclusão social, é possível atender um número maior de beneficiados”, destacou Brum Dias.
Alternativa para a violência
Marcelo Xavier estava acompanhado de um atleta que é um exemplo de como o judô pode transformar destinos. Hélio Passos, 34 anos, é judoca. Sua participação na arte marcial começou há cerca de dez anos quando, envolvido com a criminalidade, levou um tiro que o deixou cego. Achou que tinha perdido tudo, mas, na verdade, uma nova vida começava. “O azar se mostrou um golpe de sorte. O judô me salvou, me deu o quimono e me resgatou”, contou ele, lembrando da infância difícil, sem orientação e estrutura familiar, que havia lhe deixado sem um norte.
Passos reiterou que sua vida provavelmente teria sido diferente se um projeto como o de Xavier existisse durante a sua infância. “Eu poderia ser um atleta de ponta entre os não deficientes”, comentou. Mas ele não lamenta. Já foi bicampeão de judô para cegos e é um entusiasta do esporte.
Fonte: Fundergs

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3 respostas

  1. PARABÉNS PROF MARCELO PELA BELISSÍMA INICIATIVA, É DO ESPORTE QUE NOSSAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES PRECISAM, E O JUDÔ É UM FORTE ALIADO NESTA LUTA CONTRA AS DROGAS E OS RISCOS SOCIAIS QUE ENFRENTAMOS NOS DIAS DE HOJE.

  2. Bom dia sensei marcelo é com grande satisfação que dou os parabéns pela iniciativa em quem está de fora das drogas e até que está dentro uma chance de recuperação praticando a nossa arte. Tenho certeza que se essas pessoas que hoje usam drogas se tivesse conhecido o judo jamais teriam entrado na principal droga dos tempos de hoje que é o “craque” e que é destruiva de famílias e vidas. A ritmo judo lhe parabeniza.

  3. Parabéns pela iniciativa.Que sempre assista pessoas com essa disposição.
    Gostaria de saber onde posso comprar quimonos de algum ex aluno (infantil, para 8 anos), tens algum contato pra me informar?
    Obrigada desde já.

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